Universidade Estadual de Santa Cruz
Comunicação Social - II semestre
Discentes: Égila Passos, Emilly Nogueira,
Érika Passos, Ítala Santana, Marília Gabriela
Disciplina: Teorias da Imagem
Docente: Otávio Filho
DEBRAY, Régis. Vida e morte da Imagem: uma história do olhar no ocidente, Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
Capítulo VIII
As três idades do olhar
1. A história do olhar não é como as outras histórias que divide-se em tempo(antigo, medieval, clássico, moderno e contemporâneo), ela tem uma temporalidade própria.
2. Divide-se a história do olhar em três eras: a do ídolo, a da arte e a do visual, sendo que nenhuma dessas eras exclui a outra, elas de interligam sempre. Essas midiasferas ocorrem de acordo com o revezamento de pensamentos e conseqüentemente de poder.
3. Poder e dinheiro sempre foram e continuam sendo os tutores da arte.
4. As três midiasferas possuem velocidades diferentes em relação ao tempo, o ídolo é a imagem de um tempo imóvel, a arte é de uma imagem já em movimento, porém, lenta. E no visual a imagem está em grande velocidade.
5. O ídolo é a transição do mágico para o mundo religioso, mais precisamente para o mundo cristão, o mundo das simbologias.
6. A arte é a transição do cristão, teológico, para o mundo histórico.
7. O visual é a mudança do individual para o mundo.
Índice, Ícone, Símbolo
8. O autor faz uma classificação das três representações, sendo: o índice um fragmento do objeto ou em contigüidade com ele, parte de um todo; o ícone assemelha-se a coisa, mas não é; já o símbolo não tem nenhuma relação de semelhança com a coisa, decifra-se com auxílio de um código.
9. A imagem-índice quase que exige ser tocada; a imagem-ícone inspira somente prazer, tem valor artístico; a imagem-símbolo requer um distanciamento, tem valor sociológico.
10. O regime ídolo além do visível é a sua norma e razão de ser, rende glória àquilo que supera; regime arte o além da representação e o mundo natural, a glória é compartilhada; regime visual a imagem torna-se seu próprio referente, toda a glória é para ela constituindo certa hierarquia.
11. As eras se transformam constantemente como, por exemplo, a “arte” greco-romana faz passar do índice para o ícone a arte moderna do ícone para o símbolo. Na era do visual, o círculo da arte contemporânea inverte e retorna do tudo simbólico a uma busca desesperada do índice.
12. A contemplação artística como complemento do corpo.
A escrita no começo
13. A imagem como complemento das pronúncias verbais no desenvolvimento da escrita.
14. Para o autor a imagem é a mãe do signo, mas o nascimento do signo da escrita permite à imagem viver plenamente sua vida de adulto, separada da palavra e livre de suas tarefas triviais de comunicação.
15. Transformação das pinturas rupestres de símbolos escritos à função plástica da imagem, competidora e complementar do utensílio lingüístico.
A era dos ídolos
16. “O ícone não é um retorno semelhante ao modelo, mas uma imagem divina, teôfanica e litúrgica, que não tem valor por sua forma visível peculiar, mas pelo caráter deificante de sua visão, isto é, pelo seu efeito”.
17. Pelo fato do tema ídolo ser mais antigo e ter um alcance geral, dá-se preferência a ele.
18. O ídolo pode englobar o divino cristão sem se reduzir a isso.
19. “No ” regime ídolo ”, a prática da imagem não é contemplada e a percepção não constitui um critério. O poder imagem não está em sua visão, mas em sua presença”.
A era da arte
20. A era da arte corresponde a grafosfera, que traça uma linha cronológica do surgimento da imprensa à TV em cores, e apresenta lentidão no tempo;
21. Com a invenção da imprensa por Gutenberg, a arte conquista o ocidente tendo como língua materna o italiano;
22. Com intenção de imortalizar, a genialidade da ilusão pertencente à arte transita o teológico para o histórico, ou, o humanismo sobre o divino;
23. Pode-se considerar a era da arte como forma de libertação ou liberação do indivíduo em relação à religião, um modo de autonomia do artista que assume sua individualidade;
24. O reino da individualidade criadora será mais elitista, socialmente mais fechado, o quadro humaniza, mas também privatiza;
25. O advento dessa arte é uma junção de um lugar (fora dos templos) com um discurso (diferente dos teológicos), com um espaço fora da igreja, no adro, a arte cria sua própria lei;
26. Com a arte, a imagem muda de signo, torna-se aparência, objeto;
27. A arte atribui ao artista o status de Deus, e sua obra não mais é que uma simples encomenda religiosa do contrato medieval e sim produto do mercado cujo valor é estabelecido pela lei da oferta e da procura.
Comunicação Social - II semestre
Discentes: Égila Passos, Emilly Nogueira,
Érika Passos, Ítala Santana, Marília Gabriela
Disciplina: Teorias da Imagem
Docente: Otávio Filho
DEBRAY, Régis. Vida e morte da Imagem: uma história do olhar no ocidente, Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.
Capítulo VIII
As três idades do olhar
1. A história do olhar não é como as outras histórias que divide-se em tempo(antigo, medieval, clássico, moderno e contemporâneo), ela tem uma temporalidade própria.
2. Divide-se a história do olhar em três eras: a do ídolo, a da arte e a do visual, sendo que nenhuma dessas eras exclui a outra, elas de interligam sempre. Essas midiasferas ocorrem de acordo com o revezamento de pensamentos e conseqüentemente de poder.
3. Poder e dinheiro sempre foram e continuam sendo os tutores da arte.
4. As três midiasferas possuem velocidades diferentes em relação ao tempo, o ídolo é a imagem de um tempo imóvel, a arte é de uma imagem já em movimento, porém, lenta. E no visual a imagem está em grande velocidade.
5. O ídolo é a transição do mágico para o mundo religioso, mais precisamente para o mundo cristão, o mundo das simbologias.
6. A arte é a transição do cristão, teológico, para o mundo histórico.
7. O visual é a mudança do individual para o mundo.
Índice, Ícone, Símbolo
8. O autor faz uma classificação das três representações, sendo: o índice um fragmento do objeto ou em contigüidade com ele, parte de um todo; o ícone assemelha-se a coisa, mas não é; já o símbolo não tem nenhuma relação de semelhança com a coisa, decifra-se com auxílio de um código.
9. A imagem-índice quase que exige ser tocada; a imagem-ícone inspira somente prazer, tem valor artístico; a imagem-símbolo requer um distanciamento, tem valor sociológico.
10. O regime ídolo além do visível é a sua norma e razão de ser, rende glória àquilo que supera; regime arte o além da representação e o mundo natural, a glória é compartilhada; regime visual a imagem torna-se seu próprio referente, toda a glória é para ela constituindo certa hierarquia.
11. As eras se transformam constantemente como, por exemplo, a “arte” greco-romana faz passar do índice para o ícone a arte moderna do ícone para o símbolo. Na era do visual, o círculo da arte contemporânea inverte e retorna do tudo simbólico a uma busca desesperada do índice.
12. A contemplação artística como complemento do corpo.
A escrita no começo
13. A imagem como complemento das pronúncias verbais no desenvolvimento da escrita.
14. Para o autor a imagem é a mãe do signo, mas o nascimento do signo da escrita permite à imagem viver plenamente sua vida de adulto, separada da palavra e livre de suas tarefas triviais de comunicação.
15. Transformação das pinturas rupestres de símbolos escritos à função plástica da imagem, competidora e complementar do utensílio lingüístico.
A era dos ídolos
16. “O ícone não é um retorno semelhante ao modelo, mas uma imagem divina, teôfanica e litúrgica, que não tem valor por sua forma visível peculiar, mas pelo caráter deificante de sua visão, isto é, pelo seu efeito”.
17. Pelo fato do tema ídolo ser mais antigo e ter um alcance geral, dá-se preferência a ele.
18. O ídolo pode englobar o divino cristão sem se reduzir a isso.
19. “No ” regime ídolo ”, a prática da imagem não é contemplada e a percepção não constitui um critério. O poder imagem não está em sua visão, mas em sua presença”.
A era da arte
20. A era da arte corresponde a grafosfera, que traça uma linha cronológica do surgimento da imprensa à TV em cores, e apresenta lentidão no tempo;
21. Com a invenção da imprensa por Gutenberg, a arte conquista o ocidente tendo como língua materna o italiano;
22. Com intenção de imortalizar, a genialidade da ilusão pertencente à arte transita o teológico para o histórico, ou, o humanismo sobre o divino;
23. Pode-se considerar a era da arte como forma de libertação ou liberação do indivíduo em relação à religião, um modo de autonomia do artista que assume sua individualidade;
24. O reino da individualidade criadora será mais elitista, socialmente mais fechado, o quadro humaniza, mas também privatiza;
25. O advento dessa arte é uma junção de um lugar (fora dos templos) com um discurso (diferente dos teológicos), com um espaço fora da igreja, no adro, a arte cria sua própria lei;
26. Com a arte, a imagem muda de signo, torna-se aparência, objeto;
27. A arte atribui ao artista o status de Deus, e sua obra não mais é que uma simples encomenda religiosa do contrato medieval e sim produto do mercado cujo valor é estabelecido pela lei da oferta e da procura.
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